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1 de setembro de 2010

Breve análise sobre Deus e a infantilidade do pensamento humano

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Desde que o homem existe ele sempre buscou explicações para os fenômenos da natureza. Os antigos certamente perceberam que os fenômenos eram regidos por leis naturais, porém quase nunca sabiam explicá-las. De certa forma temos aí uma boa explicação para o fato do homem ser místico e buscar explicações para os fenômenos desconhecidos nas divindades e supertições. Não há dúvida de que o desconhecimento científico do homem primitivo levou-o a ser extremamente supersticioso, o que ainda ocorre na atualidade.

Vemos hoje ainda, pessoas que acreditam que fenômenos naturais, físicos ou ambientais são obra de Deus. Mas o que é Deus? Segundo o Wikpédia Deus é expressado como Criador do Universo, logo se percebe pela imparcialidade da resposta hehe que a pessoa que editou esse artigo crê na existência de Deus. Segundo Nietzche Deus está morto, seja lá quem ele seja. Para Sartre não há Deus, não há nenhum criador do homem e nem tal coisa como um concepção divina do homem de acordo com a qual o homem foi criado.

Só que isso foi um choque muito grande em épocas passadas para o homem que estava acostumado a acreditar em divindades de toda espécie. Derrepente o homem foi jogado na realidade e descobriu que em sua existência não havia nenhuma obra divina. Ele simplesmente existia e ponto. Mas por quê? Pra quê? E como? Muitas perguntas, e as respostas (hipóteses) científicas para tais não confortaram os homens. O que os fazem até hoje buscar essas respostas na religião. É mais fácil acreditar sem perscrutar.

Outro grande filósofo é Feuerbach, que também era teólogo (pasmem!), ele explicou como o homem faz a projeção do que há de melhor em si neste ser imaginário que é deus. E  ele afirma que o amadurecimento do homem se dá com a perca da infantilidade de fazer essa projeção. Ele crê na verdade, que o homem busca em Deus e na religião aquilo que não consegue achar em si mesmo. Mas ele vai mais além disso e chega parte mais bonita e marcante da sua obra, quando afirma que o homem adora e cultua a sua própria essência desconhecida. Em vez de ver em si mesmo, ele cria Deus e deuses. E ai surge o fenômeno da alienação, que ele chamou de "Essência infantil da humanindade".

Chega-se então ao ponto mais contraditório da dissertativa: a infatilidade do homem está em querer ter seu carater fundamentado em Deus, como se o homem precisasse de Deus para se humanizar. Esse homem não consegue ver bondade, amor, solidariedade e várias outras virtudes em si mesmo, somente em deuses.

Todos esses filófosos contribuiram para derrubar a base metafísica em que se apoiam os teólogos e espiritualistas. E partindo desse ponto, tentam fazer com que nasça uma nova postura crítica a respeito de tudo que envolve a vida humana com base no materialismo e existencialismo. Somente com esse pensamento crítico, claro, objetivo e preciso é que o homem pode conseguir se libertar desse pensamento infantil que o alienia de si mesmo predendo-o a seres divinos.

O homem do século XXI já deveria ter saido desse estado de infantilidade. Já deveria saber que só por que algumas coisas são inexplicavéis são significa que sejam obra divina. É preciso aceitar a possibilidade da não existência de Deus e questionar. Não se deve aceitar nada imposto sem perscrutar ou debater. É preciso usar a racionalidade e se colocar no centro do universo e ver as coisas a partir de si mesmo, e não de outrem.

por:  Phabyola Alves

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