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11 de outubro de 2007

Globalização & Regionalização


Globalização e Regionalização


O desfecho da 2° guerra mundial descortinou um panorama radicalmente novo na economia capitalista mundial. A Europa Ocidental e o Japão, arrasados pelos conflitos, dependiam profundamente das exportações americanas, ao mesmo tempo que careciam desesperadamente de dólares para fazer frente a essas necessidades comerciais. Os EUA ao contrário, emergiam como credores isolados do mundo capitalista, contando com uma economia, dinamizada pelo esforço da guerra, que conhecia taxas inéditas de crescimento.
Esse panorama impunha uma reorganização do mercado mundial capitalista que formalizasse a nova posição dos EUA como vértice da economia ocidental.
No verão de 1944, reuniu-se em Washington a Conferência de Bretton Woods, destinada a estabelecer as novas regras dos jogos monetários, comercial e financeiro internacional, reconhecendo a nova realidade mundial, os acordos Bretton Woods substituem o antigo padrão-ouro, que regulava as trocas internacionais, por um novo padrão conhecido por padrão-dólar-ouro.
Segundo a nova regra, o dólar passava a funcionar como moeda internacional no mesmo nível do ouro. Era estabelecida uma paridade fixa entre o dólar e ouro (uma onça de ouro correspondiam a 35 dólares) e a convertibilidade total de dólares por ouro. Assim o tesouro dos EUA abria-se a trocar imediatamente, ouro por dólares a paridade fixado. Agindo como fiador do novo Sistema Monetário Internacional.
Do Sistema de Bretton Woods nasceram inúmeros organismos destinados a regulamentar a economia internacional e promover a reconstrução Européia e Japonesa do pós-guerra, e evitar graves crises econômicas internacionais. FMI e o Bird surgem com a finalidade de prestar assistência financeira aos Estados-membros.
A memória de crise 1929 ainda atormentava os estrategistas da economia capitalista, que buscavam formas para prevenir depressões recessões capazes de conduzir a quebra de fluxos internacionais e ao isolamento comercial. O Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT) completava a arquitetura econômica originada de Bretton Woods, visando promover o crescimento dos fluxos comerciais internacionais e diminuir as tarifas, taxas e barreiras comerciais.
Em 1947 era deflagrado o plano Marshall, instrumento ativo de reconstrução capitalista do pós-guerra. Para revitalizar os fluxos comerciais internacionais. O plano buscava a defasagem imensa entre a acumulação de dólares interior dos EUA e a dramática carência de dólares pelos aliados Europeus, transferindo moeda a juros simbólicos de um lado para o outro do atlântico norte. Estratégia econômica de fundo geopolítico. O Plano Marshall tinha como horizonte a constituição de uma sólida arca de economia capitalista no ocidente europeu integrada a economia americana.
Durante duas décadas, a economia capitalista mundial conheceu dias ininterruptos marcados por taxas de crescimento inéditas e por uma estabilizada desconhecidas nas tumultuadas décadas anteriores. A Europa Ocidental e o Japão tornavam-se, depois dos EUA, verdadeiras “sociedades de consumo” entre 1950 e 1970, os paises capitalistas desenvolvidos cresceram a uma média anual de 53%, no mesmo período, o comércio mundial se elevou de 60 bilhões para 300 bilhões de dólares.
O tratado de Roma, de 1957, lançou as bases das comunidades econômicas européias (CCE) moldura para um pólo capitalista de intensa prosperidade. No interior da CCE, a RFA (República Federal Alemã) realizou, ao longo dos anos 50 o seu “milagre econômico” integrando-se plenamente ao mundo ocidental e capistalista tanto ao plano político como no econômica. No extremo oriente o milagre Japonês dos anos 70 dinamizou a formação de outro pólo capitalista abrangendo as áreas asiáticas sob influencia geopolítica ocidental (Coréia do Sul, Taiwan, Cingapura, Hong Kong).
O ciclo de prosperidade capitalista do pós-guerra, cujo inicio coincidiu com a deflagração da Guerra Fria e pelo Plano Marshal provocou o encerramento do curto período de governo de ampla coalizão instalados no imediato pós-guerra. As forças de Centro e de Centro-direita passaram a controlar integralmente as administrações dos principais estados europeus.
Na França e na Itália, As novas realidades da cena internacional determinaram o alistamento dos partidos comunistas que desde o fim da Guerra participaram minotoriamente de gabinetes de coligação. Na Grã-bretanha, principal pais europeu aliado dos EUA, as eleições gerais de 1950 marcaram a derrota do partido trabalhista que ocupavam o governo desde 1945 e a volta dos conservadores liderados mais uma vez por Winston Churchill, já a RFA, estado gerado diretamente pela Guerra Fria, não chegou a conhecer um período governamental de Centro-esquerda ou de coalizão. Desde sua proclamação, em 1949, os conservadores de konzaa Adenanver mantiveram uma ampla hegemonia política. Os trabalhistas ingleses consiguiram maioria nas eleições de 1964, configurando uma exceção na paisagem política-eleitoral européia.

Ben Castro

xPhaby Alvesx

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