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27 de outubro de 2010

Esclarecimentos

Quando eu criei esse blog eu tinha 16 anos. Hoje tenho 21. Tinha pouca noção do que falava. Não que eu tenha plena noção hoje, ainda me considero uma aprendiz. Porém nos últimos dias tenho recebido comentários em postagens antigas, principalmente nos textos sobre Globalização. Então pensei, por que não refazer os textos sobre a Nova Ordem Mundial, agora com uma melhor visão, e tentando esclarecer melhor os pontos que segundos os comentários ficaram meio complexos?
Tendo isto em mente. Em breve vocês terão os textos novamentes. Só peço um pouco de paciência pois estou em período de provas e me sobra pouco tempo.

Salud y Revolucion!

7 de outubro de 2010

Eleições 2010 e os aproveitadores da boa fé da crueldade evangélica

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Por Rev. Sandro Amadeu Cerveira*
Talvez eu tenha falhado como pastor nestas eleições. Digo isso porque estou com a impressão de ter feito pouco para desconstruir ou no pelo menos problematizar a onda de boataria e os posicionamentos “ungidos” de alguns caciques evangélicos. [1]
Talvez o mais grotesco tenham sido os emails e “vídeos” afirmando que votar em Dilma e no PT seria o mesmo que apoiar uma conspiração que mataria Dilma (por meios sobrenaturais) assim que fosse eleita e logo a seguir implantaria no Brasil uma ditadura comunista-luciferiana pelas mãos do filho de Michel Temer. Em outras o próprio Temer seria o satanista mor. Confesso que não respondi publicamente esse tipo de mensagem por acreditar que tamanha absurdo seria rejeitada pelo bom senso de meus irmãos evangélicos. Para além da “viagem” do conteúdo a absoluta falta de fontes e provas para estas “notícias” deveria ter levado (acreditei) as pessoas de boa fé a pelo menos desconfiar destas graves acusações infundadas. [2]
A candidata Marina Silva, uma evangélica da Assembléia de Deus, até onde se sabe sem qualquer mancha em sua biografia, também não saiu ilesa. Várias denominações evangélicas antes fervorosas defensoras de um “candidato evangélico” a presidência da república simplesmente ignoraram esta assembleiana de longa data.
Como se não bastasse, Marina foi também acusada pelo pastor Silas Malafaia de ser “dissimulada”, “pior do que o ímpio” e defender, (segundo ele), um plebiscito sobre o aborto. Surpreende como um líder da inteligência de Malafaia declare seu apoio a Marina em um dia, mude de voto três dias depois e a apenas 6 dias das eleições desconheça as proposições de sua irmã na fé.
De fato Marina Silva afirmou (desde cedo na campanha, diga-se de passagem) que “casos de alta complexidade cultural, moral, social e espiritual como esses, (aborto e maconha) deveriam ser debatidos pela sociedade na forma de plebiscito” [3], mas de fato não disse que uma vez eleita ela convocaria esse plebiscito.
O mais surpreendentemente, porém foi o absoluto silêncio quanto ao candidato José Serra. O candidato tucano foi curiosamente poupado. Somente a campanha adversária lembrou que foi ele, Serra a trazer o aborto para dentro do Sistema Único de Saúde (SUS) [4]. Enquanto ministro da saúde o candidato do PSDB assinou em 1998 a norma técnica do SUS ordenando regras para fazer abortos previstos em lei, até o 5º mês de gravidez [5]. Fiquei intrigado que nenhum colega pastor absolutamente contra o aborto tenha se dignado a me avisar desta “barbaridade”.
Também foi de estranhar que nenhum pastor preocupado com a legalização das drogas tenha disparado uma enxurrada de-mails alertando os evangélicos de que o presidente de honra do PSDB, e ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso defenda a descriminalização da posse de maconha para o consumo pessoal [6].
Por fim nem Malafaia, nem os boateiros de plantão tiveram interesse em dar visibilidade à notícia veiculada pelo jornal a Folha de S. Paulo (Edição eletrônica de 21/06/10) nos alertando para o fato de que “O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, afirmou nesta segunda-feira ser a favor da união civil e da adoção de crianças por casais homossexuais.” [7]
Depois de tudo isso é razoável desconfiar que o problema não esteja realmente na posição que os candidatos tenham sobre o aborto, união civil e adoção de crianças por homossexuais ou ainda a descriminalização da maconha. Se o problema fosse realmente o comprometimento dos candidatos e seus partidos com as questões acima os líderes evangélicos que abominam estas propostas não teriam alternativa.
A única postura coerente seria então pregar o voto nulo, branco ou ainda a ausência justificada. Se tivessem realmente a coragem que aparentam em suas bravatas televisivas deveriam convocar um boicote às eleições. Um gigantesco protesto a-partidário denunciando o fato de que nenhum dos candidatos com chances de ser eleitos tenha realmente se comprometido de forma clara e inequívoca com os valores evangélicos. Fazer uma denúncia seletiva de quem está comprometido com a “iniquidade” é, no mínimo, desonesto.
Falar mal de candidato A e beneficiar B por tabela (sendo que B está igualmente comprometido com os mesmo “problemas”) é muito fácil. Difícil é se arriscar num ato conseqüente de desobediência civil como fez Luther King quando entendeu que as leis de seu país eram iníquas.
Termino dizendo que não deixarei de votar nestas eleições.
Não o farei por ter alguma esperança de que o Estado brasileiro transforme nossos costumes e percepções morais em lei criminalizando o que consideramos pecado. Aliás tenho verdadeiro pavor de abrir esse precedente.
Não o farei porque acredite que a pessoa em quem votarei seja católica, cristã ou evangélica e isso vá “abençoar” o Brasil. Sei, como lembrou o apóstolo Paulo, que se agisse assim teria de sair do mundo.
Votarei consciente de que os temas aqui mencionados (união civil de pessoas do mesmo sexo, descriminalização do aborto, descriminalização de algumas drogas entre outras polêmicas) não serão resolvidos pelo presidente ou presidenta da república. Como qualquer pessoa informada sobre o tema, sei que assuntos assim devem ser discutidos pela sociedade civil, pelo legislativo e eventualmente pelo judiciário (como foi o caso da lei de biossegurança) [8] com serenidade e racionalidade.
Votarei na pessoa que acredito representa o melhor projeto político para o Brasil levando em conta outras questões (aparentemente esquecidas pelos lideres evangélicos presentes na mídia) tais como distribuição de renda, justiça social, direitos humanos, tratamento digno para os profissionais da educação, entre outros temas. (Ver Mateus 25: 31-46) Estas questões até podem não interessar aos líderes evangélicos e cristãos em geral que já ascenderam à classe média alta, mas certamente tem toda a relevância para nossos irmãos mais pobres.
__________________
[1] As afirmações que faço ao longo deste texto estão baseadas em informações públicas e amplamente divulgadas pelos meios de comunicação. Apresento os links dos jornais e documentos utilizados para verificação.
*Matériaoriginalmente publicada no site Segunda Igreja

1 de outubro de 2010

Plínio de Arruda Sampaio: Esperança

http://chicosantanna.files.wordpress.com/2010/07/plinio50idvisual2_page_006.png?w=350&h=283
Plínio é um raio de Sol de esperança.
Sem nenhum medo de pareçer rídicula, eu digo que ele me emocionou ontem na suas considerações finais.
Um homem de 80 anos, acreditando veemente no futuro positivo do Brasíl.
Um candidato que muito além de consquitar votos, consquista mentes.
Acredito que todas as pessoas que o acompanharam publicamente durante esses meses de campanha, mesmo não votando nele, tiveram em suas mentes e em seus corações, plantado um pouquinho da semente do sonho do qual eu compartilho. De ver um mundo mais justo e igualitária, e acreditar que isso é possível.
Quem disse que as pessoas não podem ter uma vida digna. Ao invés de ter apenas sua vida miseravél um pouco melhorada.
Plínio é mudança. Não é melhoria.
Plínio é esperança!
Plínio é o futuro!!!
Ora, que coisa mais contraditória. Um homem já na 3° idade, como alguns dizem com o "pé na cova" sendo entre todos, o único a falar de esperança e dias melhores de verdade.
O recado foi direcionado pra juventude. Porque como ele mesmo disse, a juventude sim, pensa no futuro. Os outros não. Pensam no agora, no imediatismo. Por isso suas políticas refletem ações de curto prazo e que não mudam verdadeiramente a vida das pessoas. Apenas solucionam um problema presente.
O futuro, que esperamos, é onde não seja necessário discutir se vai aumentar ou diminuir bolsa família, pois ela não será necessária. Todos terão possibilidade te gerar suas próprias rendas sozinhos.
O futuro, é onde a educação não seja terçeirizada, havendo essa discrepância, onde ricos estudam de graça, e pobres precisam pagar ou serem pagos pelo estado pra estudar. Faculdade de livre acesso e de graça para todos!
O futuro, é onde a concentração de renda nas mãos de menos de um terço da população não exista. E todos tenham condições de viver decentemente, e de sonhar, de ter tempo de lazer, cultura, esporte. Ao invés de viver sua vida inteira apenas correndo atrás de um status ou dinheiro que no fim nem poderá aproveitar.
Dessa vida, não se leva nada.
Pra que tanta concentração de renda, de bens?
Plínio é essa esperança.
E isso não é ser anti-democrático, como ele disse ontem, isso é a mais pura democracia.
Acabar com a especulação imobiliária, colocar limite na propriedade de terra, diminuir a jornada de trabalho sem redução salarial. Acabar com essa mais-valia produzida em cima do suor dos trabalhadores mais pobres.
Plínio, é a esperança.
Posso retificar inúmeras vezes.
Com consciência limpa e tranquila, dia 3 votarei no melhor candidato a presidência da República do meu País.
Muitas pessoas dirão, mas ele não tem chance de ganhar, e eu digo, mas ele já ganhou.
O processo eleitoral é passageiro. O que fica plantado nas pessoas é duradouro. Plínio sai vencedor desse processo imundo e injusto no qual ele só entrou por um único motivo, o mesmo que me move a ainda acreditar no futuro: amor as pessoas. fé nas pessoas. esperança nas pessoas.
Enquanto algumas pessoas dizem, brasileiro tem os políticos que mereçem. Nos dizemos brasileiro precisa de conscientização política. É isso que nos faz entrar nesse processo. Amor as massas. Tentar resgatar um pouquinho da dignidade das pessoas, além da compra de voto, ou da sujeira que envolve tão claramente esse aparelho governamental. Brasileiro não tem os políticos que mereçem.
Por que brasileiros mereçem um Plínio, um Chico Alencar entre outros, que pelos cantos, escondidos se tornam o óleo na água suja do congresso.
Brasileiro, você mereçe esperança.
E não apenas imediatismo e assistencialismo.
Acreditamos em você e no seu potencial, você pode caminhar sozinho. Não precisa de ajuda pra isso.
Não seguraremos nas suas mãos, mas abriremos o caminho, e faremos com que ele seja o menos espinhoso possível.
Avante! Para a luta e para vitória!
O sonho, não acaba dia 3!
Você tem o poder de mudar além do processo eleitoral sua vida, sua rua, sua cidade, seu estado e seu país.
Tenham esperança!